terça-feira, 22 de abril de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
O DRAGÃO VERMELHO
Dizem os sábios que dragões vermelhos não têm uma ecologia, mas sim uma desolação, tamanha a destruição e tirania que esses vermes causam ao local em que habitam. Os poucos que sobreviveram a enfrentamentos com essas terríveis criaturas dizem que não há nada no mundo pior do que enfrentar um dragão vermelho fêmea pois, diferente de um dragão vermelho macho, não tendem a barganhar ou se render frente a um oponente superior: lutam até a morte com uma ferocidade que estremece a maior das montanhas.
Um dragão fêmea tem hábitos bastante diferentes dos de um macho. As fêmeas preferem entrar em combate diretamente, especialmente contra fêmeas de sua espécie. Elas são mais territorialistas que os machos e ainda mais intolerantes em relação a outras criaturas. Um dragão macho pode aceitar um suborno para deixar os invasores saírem vivos do seu covil. Uma fêmea também aceita o suborno, porém devora os invasores mesmo assim. Muitas vezes, após as crias deixarem o ninho, a dragão fêmea enlouquece e mata o parceiro, devorando-o, assim como devora quaisquer cria que retorne ao ninho.
Mas pensar que dragões vermelhos machos são fracos é um equívoco que ninguém sobreviveu para se arrepender. A ganância leva o macho a tomar qualquer empreitada, pois o acúmulo de riquezas é um símbolo de poder e de status entre outros dragões vermelhos. Essa obsessão levou muitos dragões vermelhos à ruína, pois ficam cegos frente à possibilidade de acumular mais riquezas. Os outros grandes amores de um dragão vermelho macho são, na ordem, comer e dormir.
Os dragões, especialmente os mais velhos, costumam dormir por longos períodos de tempo, podendo chegar a centenas de dias. Seu sono é profundo e seus sonhos levam suas mentes a vidas passadas, séculos antes de ter quebrado a casca do ovo no qual nasceu. Devido a esses sonhos, o dragão vermelho, quando acorda, se sente desorientado, sem saber ao certo onde – ou quando – está. A única coisa em sua cabeça, logo que acorda, é a fome, para o desespero de todos que moram nos arredores de seu covil.
Um dragão vermelho prefere um covil próximo de lugares quentes, como em uma caverna próxima de um vulcão. Dentre seus hábitos estão a crueldade com as criaturas que devora, o hábito de enterrar seus dejetos e o ódio pela água.
Imagem: Livro DRACONOMICON - Wizards Of The Coast
O principal ponto fraco de um dragão vermelho são os olhos, pois um dragão cego é um dragão que está à mercê de outras criaturas, e isso é um motivo de vergonha que todos evitam. Um acerto certeiro e profundo em um dos olhos faz com que o dragão recue. Entretanto, se o acerto não for certeiro ou profundo o suficiente, a ira da criatura será despertada e ele irá destruir tudo ao seu redor com sua baforada de fogo. Isso revela um traço dos dragões vermelhos: o medo da morte. Essencialmente, os dragões vermelhos, especialmente os machos, têm muito medo de morrer, fazendo com que recuem ou barganhem quando percebem que estão próximos da morte. Essa covardia é difícil de ser trazida à tona, pois, mesmo sendo um covarde, um dragão vermelho é um covarde muito poderoso.
Entretanto a possibilidade do dragão causar medo é muito maior que a possibilidade de um dragão sentir medo. A sensação de terror puro ronda o dragão vermelho e muitos dos que contemplam essa majestosa criatura em toda a sua glória terrível são aplacados pelo terror e fogem em pânico. A magia é inerente de muitos dragões, que aprendem a lançar feitiços arcanos tão poderosos quanto magos de considerável poder.
No entanto, não é nem o terror, nem a magia e nem a baforada a principal arma de um dragão vermelho, mas sim a sua astúcia, pura e simplesmente. O covil de um dragão é repleto de armadilhas e outros perigos que ameaçam a vida daqueles tolos o suficiente para tentar invadi-lo.
Por Por Rafael Beltramehttp:spell.net.br
Dragões – A simbologia atrás do mito
Em algumas culturas foi também reconhecido como símbolo de sabedoria (ou divindade), mas a sociedade ocidental, muitas vezes, tem apresentado como o vilão da história.
A origem do nome vem da palavra grega Drákon que significa grande serpente. Uma das teorias aceitas, para que culturas tão distantes (cultural e geograficamente) tenham absorvido a imagem do dragão, é que tenham sido encontradas ossadas de grandes animais como dinossauros, crocodilos ou outros e desta maneira a associação de serpentes gigantes aladas possam ter povoado a imaginação das sociedades da época.
Uma das passagens mais descritivas na sociedade cristã é a do livro de Jó Capítulo 41 Versículos 18 a 20:
18 Os seus espirros fazem resplandecer a luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva. 19 Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela.
20 Dos seus narizes procede fumaça, como de uma panela que ferve, e de juncos que ardem.
21 O seu hálito faz incendiar os carvões, e da sua boca sai uma chama.
21 O seu hálito faz incendiar os carvões, e da sua boca sai uma chama.
Na Babilônia o herói Marduque (deus do sol… sem novidades né?) enfrenta a Deusa do Abismo Tiamat, proferindo as seguintes palavras:
“Tornaste-te grande, exaltaste-te a ti mesma nas alturas. E teu coração te deixou pronta para lutar… E contra os deuses, meus pais, preparaste teu amaldiçoado plano. Que teu exército se prepare, que tuas armas sejam brandidas! Levanta-te! Tu e eu, lutemos!”
Através das palavras de Marduque conseguimos observar algo que a cultura ocidental manteve como principal ponto do que representa o símbolo do dragão “Exaltaste-te a ti mesma”. O dragão representa a EGO, como observado por Joseph Campbell, a cultura ocidental apresenta um ser que acumula riquezas, comidas e prende a donzela (dama ou princesa), mas que não é capaz de usufruir de nenhuma delas.
SMAUG o dragão de O Hobbit apresenta alguma destas características, pois ficou muito tempo deitado sobre um tesouro que não usufruiu, apenas teve sua barriga protegida por pedras preciosas e foi necessário que o personagem principal (assim como a representação de Marduque) identificasse seu ponto fraco.
Outro ponto comum da representação do dragão é sua referência (simbólica) aos 4 elementos. Ele é capaz de voar (ar), solta fogo, tem quatro patas e mora em cavernas (terra) e um réptil que possuí escamas (água). Justamente o que “O Herói” deve dominar (ou vencer).
Mas nem todos os povos acreditam(vam) que o dragão apresentasse características vis. Na china o dragão é um símbolo nacional e está ligado com a divindade que controla as chuvas. No taoísmo o dragão Yuan-shin tian-zong possui uma das mais altas hierarquias divinas. Eu me lembro que quando jogava RPG e estava com a segunda edição do Advanced Dungeons & Dragons o dragão dourado, um dos dragões mais sábios e ordeiros do jogo, apresentava muito as características dos dragões chineses.geracaox2.com.br
quinta-feira, 17 de abril de 2014
quarta-feira, 2 de abril de 2014
Assinar:
Postagens (Atom)