terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Museus Vikings da Europa


Olá galera hoje gostaria de deixar a vocês uma matéria muito interessante que li um tempo atrás e acho que pode interessar muitos dos nossos leitores "principalmente da Europa", espero que gostem.

                                                                                                  por Johnni Langer

Há muito tempo os guerreiros Vikings ocupam um espaço especial no imaginário contemporâneo, vítimas de falsas imagens criadas durante o século XIX (como os fantasiosos capacetes com chifres). Um das metas básicas das pesquisas escandinavas é fornecer ao público uma visão contemporânea tanto das recentes descobertas acadêmicas, como das mais famosas escavações arqueológicas empreendidas no norte europeu, possibilitando um contato mais próximo com as antigas sociedades nórdicas. Os espaços privilegiados para esta divulgação são os vários museus europeus, que possuem acervo relacionado com a Escandinávia Medieval.

A Noruega ocupa um espaço especial na museologia nórdica. Alguns dos mais famosos objetos da arqueologia Viking fazem parte de seus acervos, como também a qualidade das estruturas em que os mesmos permanecem conservados.


Um dos mais conhecidos é o Museu do Navio Viking (Vikingskipshuset), em Oslo (Bygdøy). Foi construído em 1927 pelo arquiteto Arnstein Arneberg especialmente para abrigar antigas embarcações. A mais famosa é a de Oseberg (com 21,5 metros de comprimento), escavada em 1904, repleta de objetos mortuários (como trenós, camas, utensílios e vestuários), além de dois corpos femininos, atualmente interpretados como uma rainha e sua filha. Outro navio muito conhecido é o de Gokstad, descoberto em 1880, pertencente ao estilo chamado de langrskips (navios longos), empregados exclusivamente para guerras e pilhagens. Menos famosas, porém muito importantes, são as outras embarcações pertencentes ao acervo deste museu, como o Tune (encontrado em 1867). Todas as jóias e objetos encontrados junto às escavações dos navios são expostas em exposições permanentes. A imagem ao lado é o navio viking de Oseberg, Museu dos navios vikings de Oslo, Noruega.

 Outro museu norueguês é o Lofotr, Museu Viking de Borg. O museu é uma réplica da casa de antigos chefes locais, reconstruída a partir das pesquisas arqueológicas no local. Possui serviços de passeio com réplicas de carruagens e navios Vikings, refeições e lanches com comida típica da Escandinávia Medieval, além das bebidas (cerveja e hidromel). Seminários, palestras e cursos com especialistas são constantes na área do museu.

Lofotr, Museu viking de Borg,
Noruega.

 A Suécia também possui diversas instituições especializadas nesta temática, como o Museu Nacional de    Antiguidades (Historiska Museet), localizado no centro de Estocolmo. Seu acervo é proveniente de escavações arqueológicas dos sítios de Burka, Uppsala, Vendel, Valsgärde e Gotland. Uma das suas coleções mais importantes são objetos, jóias de ouro e prata e utensílios da vida cotidiana.



Museu Histórico de Gotland(Suécia). A ilha de Gotland, no mar Báltico, foi culturalmente diferenciada das outras regiões Vikings. A sua principal característica é a existência de dezenas de estelas funerárias, pedras com pinturas erguidas para homenagear os mortos ilustres. 

Através dessas esculturas e pinturas, é possível reconstituir o cotidiano, o estilo das roupas, armamentos, navios e diversas interpretações sobre mitologia e religiosidade nórdica. As exposições permanentes recontam a história destas pedras pintadas e sua importância para a História dos Vikings.
Ao lado esta a imagem da Estrela de Bopparve, Que reside no Museu Histórico de Gotland, Suécia.


 Museu Nacional da Dinamarca, em Copenhage. Recebeu diversas modernizações e reorganizações de suas exposições permanentes. Uma das principais atrações deste museu está na sala 20, o famoso machado de Mammen, com ornamentações na lâmina em forma de figuras espiraladas e animais. Foi descoberta no túmulo de um chefe Viking, e nomeou um dos estilos artísticos dos nórdicos. Na sala 21 estão expostos alguns dos tesouros da Era Viking, como jóias, moedas de prata, pingentes do martelo do deus Thor – uma ornamentação com sentido religioso e estético. Um dos maiores colares escandinavos de todos os tempos, com 2 kilogramas de ouro, é exposto na sala 28. A história dos reis dinamarqueses é recontada na sala 22, onde também são incluídos objetos do funeral real de Jelling, das fortalezas circulares de Trelleborg, dos navios-túmulos de Ladby, além de objetos resgatados na cidade de Hedeby. Na última sala dedicada aos nórdicos, são exibidos alguns exemplares de runestones (pedras rúnicas) dinamarquesas. Uma das exposições temporárias de maior sucesso é a recente O tesouro recuperado de moedas da Era Viking Dinamarquesa, que reúne algumas das maiores coleções numismáticas da Europa.

Museu de Lindholm Høje, Dinamarca. Situado ao lado do sítio arqueológico de mesmo nome, um cemitério com sepulturas demarcatórias de pedras, imitando figuras de navios. Ao todo o sítio possuí 700 sepulturas, a maioria com o método de cremação. O Museu de Lindholm Høje foi aberto em 1992 e consiste em uma fazenda-museu, onde réplicas de pessoas em tamanho natural e vários objetos reproduzem o dia-a-dia das regiões interioranas na Era Viking. O interior das casas possui fogueiras, cozinhas, cenas cotidianas. Os objetos originais são expostos em redomas de vidro, numa sala separada do conjunto. Durante o verão, é realizado neste local um mercado Viking, onde são vendidas peças e réplicas de diversos artefatos, além de perfomances e dramatizações com atores profissionais e amadores. O Museu ainda contém uma cafeteria que funciona por várias horas no dia.

Museu de Moesgård, Dinamarca. Suas principais atrações são exposições de caráter etnográfico, mas também pesquisas envolvendo tecnologia de ponta, como fotografia aérea e sondagem arqueológica por magnetômetro, reconstituindo a saga nórdica dos tempos pré-históricos até o processo de cristianização, incluindo a região da Groelândia. Os principais artefatos são pedras rúnicas, da região de Århus e proximidades. Alguns dos itens mais curiosos expostos são o esqueleto de um escravo da Era Viking, decapitado e enterrado com seu senhor em Léjre; corpos preservados nos pântanos (possivelmente sacrifícios, como o homem de Grauballe) e sacrifícios de guerra deIllerup Ådal. Esses últimos vestígios receberam recentemente uma exibição própria, com o nome de Illerup Ådal – A face do inimigo, que reconta a dramática história do encontro de forças da Noruega e Dinamarca na região da Jutlândia, onde os invasores foram derrotados e alguns prisioneiros sacrificados ao deus Odin. Muitos objetos pouco associados aos guerreiros nórdicos no imaginário popular também fazem parte dos acervos: chaves, pentes, potes, alicates, alfinetes, etc. Um dos objetos mais importantes deste museu é o desenho do deus Loki, da estela de Snaptum. Próximo ao museu, existe uma reconstituição em escala (diorama) do antigo povoamento nórdico. Na última semana de julho, ocorre um mercado Viking no local.



Exposição Illerup Ådal, Museu de Moesgård, Dinamarca

Museu Viking de Ribe, Dinamarca. Todas as exposições deste museu recontam a história da cidade Viking de Ribe. A grande atração fica por conta de uma moderna sala-multimídia (com som, luzes e efeitos de computação), chamada de O olho de Wotan (o antigo nome do deus Odin), que introduz o visitante na história e na cultura dos antigos escandinavos, além de um pequeno documentário denominadoOs Vikings em Ribe, apresentado em inglês e em outras línguas, durante várias vezes ao dia. O shop do museu é repleto de curiosidades, livros, réplicas e miniaturas para a venda, muitas das quais são reproduções dos objetos das exposições, além de uma moderna cafeteria. A exposição temporária mais recente envolveu atividades interativas, na qual os visitantes podiam participar de jogos medievais e visitar o interior de antigas cozinhas.

Museu Nacional da Islândia, em Reykjavik. A maior parte do acervo desta instituição pertence ao chamado estilo Nórdico-Celta, consistindo em objetos de bronze descobertos em uma sepultura de mulher na península de Reykjavik. Alguns dos itens expostos incluem a célebre estatueta do deus Thor e seu martelo, além da porta da Igreja de ValÞjofstaður, uma das únicas do estilo romanesco das regiões nórdicas da Europa. Foi reaberto em julho do corrente ano.

Museu Nacional de Antiguidades da Escócia, Edinburgh. Possui uma rica coleção de artefatos recolhidos durante as escavações nas ilhas Orkney, Shetland e norte da Escócia. Recentemente seu acervo foi complementado com a descoberta de muitos sítios-acampamentos dos Vikings, datados das invasões na Grã-Bretanha.
nibelungsalliance.com

Biografia: site Revista Museu


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